Preá, meu amor.

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

TURMINHA DA DÉCADE DE 80



Nessa foto estão: Giovana que tem no colo a Petúnia, o Leonel que tem a Vaquinha, meu marido que tem o Tonico e o Rodrigo que está com Bandit. O Bandit era filho do Tonico. Fora do portão está o Max, cachorro da minha vizinha na época.
O Tonico abandonou a casa onde morava e estacionou no portão da minha casa até que resolvemos adotá-lo. Nessa época tínhamos a Vaquinha, que também foi recolhida da rua, com uma pata traseira quebrada. Não tinha dentes desde nova, mas roía ossos e matava ratos como ninguém. Depois de algum tempo que tínhamos os dois, o Rodrigo apareceu com a Petúnia, que havia sido largada ali perto. Ficamos com ela também. Tinha tantos bichos de pé que meu marido levou dias limpando as patas dela. A probrezinha não reclamava. Ficava quientinha para ele limpá-la.
O Tonico chamava-se "Tonico Bastos" porque estava passando na TV Globo a novela "Gabriela, cravo e canela" e o personagem do mesmo nome andava atrás de mulheres casadas e sempre era perseguido pelos maridos ofendidos e, algumas vezes apanhava também.Pois o Tonico também. Andava atrás de namoradas e brigava com outros cães. Algumas vezes batia, outras apanhava. Volta e meia ele vinha para casa com sequelas. Mordidas no pescoço e em vária partes do corpo. Uma vez tivemos que fazer uma maca para trazê-lo para casa, pois ele estava para dentro do muro do Centro Social Urbano, que naquele tempo tinha seus portões fechados após as 18:00 hs.Tinha uma mordida na axila esquerda e não podia andar. Para pegá-lo e trazê-lo para fora meus filhos, os amigos deles, meu marido e eu tivemos que fazer uma maca. Uns, pularam o muro, colocaram-no na maca, outros estavam em cima do muro para passá-lo por cima e outros, do lado de fora, para baixá-lo. Foi uma verdadeira operação de resgate. Quando ele vinha machucado tomava remédios e deixava fazer curativos numa boa. Tão logo estava recuperado, lá ia o Tonico, outra vez, para a farra. Ele morreu atropelado pelo ônibus Interbairros 2, na Rua Luís França, bem na esquina da nossa rua, ali pelas 19:30 hs, no dia 21 de outubro, de 1982. Sofremos muito a sua perda. Ele deixou um grande vazio. Ainda sinto saudades dele. Assim como sinto dos outros que se foram também.
Teresa Ibañez.

Um comentário:

  1. Sabe Tere, o Leonel e o Rodrigo são pessoas especiais e boas por terem tido um pai tão maravilhoso e terem uma mãe igualmente tão especial quanto você.

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