Preá, meu amor.

Preá, meu amor.

sábado, 29 de dezembro de 2012

O que 2012 deixa para nós.

Gostaria de dizer que este ano foi maravilhoso, que deixa muita saudade, mas, não é possível. Se fizermos um retrospecto de 2012 veremos que deixa lembranças tristes, muita violência, incompreensão, acidentes, descaso de pessoas para com seus familiares e para com os animais. A natureza vem dando seu recado há muito tempo, mas os "humanos" não percebem e continuam destruindo-a. Até quando? Só Deus sabe. Imaginem, os "humanos estavam esperando o "fim do mundo" para 21.12.12. Quanta presunção! Achar que são maiores que Deus e que poderiam saber sobre o futuro! O mundo acabará quando e se Deus quiser, mas tenho certeza de que Ele o fará à Sua maneira e não nos dará informações a respeito. Por isso, acho que aqueles que realmente creem em Deus que respeitem seus semelhantes, a natureza e os animais. Quem faz isso não precisa temer o fim do mundo. Um 2013 cheio de amor, paz e compreensão para todos os que amam a Deus.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

4 anos e 4 meses sem o Preá.

Sim, hoje faz 4 anos e 4 meses que o Preá morreu. Sei que ele se foi, mas ainda o sinto como se estivesse perto de mim. Lembro dele todos os dias, afinal, ele foi meu companheiro por 15 anos e, justamente quando eu fiquei sozinha. Amei todos os outros cães que tive, assim como amo os dois que tenho hoje, mas o Preá foi diferente. Foram tantas as artes que ele aprontou e tanto o carinho que me ofereceu nesses quinze anos que eu não consigo esquecê-lo, aliás, nem quero. Lembrar dele me faz bem. Lembro que em certa ocasião ele aprendeu que na Rua Luiz França tinha uma borracharia e o dono tinha vários animais, como gansos, porco, peru, cachorro, etc... Quando estávamos voltando do passeio, à tarde, ele simplesmente, em vez de entrar em casa, passou como um bólido e foi para a borracharia. Atravessou a Luiz França e ficou por lá como se fosse sua casa. Tive que ir atrás dele e tive um trabalhão enorme para trazê-lo para casa. Ele levou vários dias aprontando essa comigo. Depois esqueceu. Mas, eu não. Meu amigão era sensacional. Jamais o esquecerei. Enquanto eu tiver saúde colocarei uma homenagem a ele todo mês, no dia em que foi para o Portal do Paraíso.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O REPOUSO DO VELHO GUERREIRO
Não me lembro quando vi Pelé pela primeira vez, mas lembro como. Pelé ainda não tinha este nome. Era apenas um vira-lata que perambulava o dia inteiro. Algumas vezes eu o via passar diante de minha casa duas vezes por dia, parece que nunca parava. Outras vezes, ao sair de carro o encontrava distante pelo meu caminho. Como todo vira-lata, Pelé era magro, tinha um pouco de sarna, cicatrizes e aranhões pelo corpo, principalmente no rosto. Marcas de guerra, pois Pelé vivia a procura de uma namorada e assim arrumando encrencas. Ele já era de certa idade, não duvido que já estava beirando os dez anos, ao menos isso foi confirmado depois pela Dra.Carmem, que cuida dos meus amigos. Um dia Pelé encontrou sua Julieta. Abandonada e no cio, uma linda mestiça rusky, Pelé, como todo galanteador, nunca mais saiu do seu lado. Uma vizinha resolveu adotar esta "Julieta" que recebeu o nome de Karol. Pelé, inconformado, se plantou diante do portão da nova casa da namorada e por lá ficou. Eu e minha amiga Teresa convencemos a vizinha a adotar também o velho Pelé. A principio ela relutou, o achou magro, feio e sarnento. Nos prontificamos a ajudar com ração e cuidar das castrações e assim a convencemos. Pelé recebeu seu nome e finalmente um lar junto com a sua amada Karol. Logo resolvi castrar a garanhão, e aqui, reconto uma de suas maiores proezas. Quando o levei para a clínica, combinei com a Dra. Carmem o deixar lá num sábado, para que ela pudesse cuidar do jejum do moço e realizar a castração na segunda feira seguinte. A clínica é cercada de um alto muro e super protegida, mas, de alguma forma, até hoje não sabemos como, durante a noite Pelé conseguiu fugir. Domingo pela manhã, a sair para passear com os meus, qual não foi a minha surpresa ao ver um velho vira-latas conhecido chegando arfando e feliz? Pelé não podia mesmo ficar longe de sua Julieta, aliás, eu teria dado este nome para os dois, em segredo, para mim, este é o verdadeiro nome dos dois. Até hoje permanece um mistério em como Pelé conseguiu fugir de lá e achar seu caminho de volta. Afinal, a clínica é no centro da cidade, quase 6 Km de minha casa e o levei de carro até lá. Ruas movimentadas e perigosas, mas Pelé era um andarilho, assim para ele isso deve ter sido moleza, afinal, sabemos de histórias de cães que atravessaram estados procurando e encontrando seu caminho de volta. Mesmo assim não escapou da castração. Na segunda seguinte o levei novamente e desta vez esperei pela cirurgia o o trouxe de volta para sua amada. Logo depois esta vizinha precisou mudar para outra cidade e não podia levar os dois, assim, eles vieram se juntar a minha turma, em parte já se conheciam e desta forma logo se adaptaram, importante era estarem juntos. Anos se passaram, muitos passeios e muitos lanches na casa da amiga Teresa. Pelé engordou, se tornou um velho guerreiro aposentado. Feliz passeava junto com Karol todos os dias. A única parada era o café da manhã na casa de Teresa. Mas de um mês para cá, Pelé começou a mostrar sinais de sua idade e que estava cansado de longas e pequenas caminhas. No máximo saia do portão, fazia seu xixi e voltava para dentro. Sei que tinha dores na coluna, mas mesmo com medicação, o cansaço começou a vencer. Eu de certa forma sabia o que estava se aproximando e semana passa tive a certeza que em breve Pelé iria pra seu repouso final na Ponte do Arco Iris. Quinta feira passada, Pelé repentinamente me surpreendeu ao acordar bem disposto e alegre, parecia não ter dor alguma e resolveu nos acompanhar no passeio, como se soubesse que seria a última vez, e ele sabia. Sua intenção, sua real intenção, era mais uma vez tomar um café da manhã na casa da amiga Teresa e dizer adeus. Esta noite Pelé adormeceu tranquilo. Eu sabia que o momento estava próximo, mas a gente nunca quer que o momento chegue. Eu estava com medo de que uma hora eu iria ter que tomar a decisão por ele, mas Pelé foi por conta própria. O que mais importa, é que Pelé foi muito feliz aqui comigo e com sua Karol, ou Julieta. Pelé deve ter perambulado por anos procurando um lar, e encontrou este lar, procurava por carinho, e encontrou todo o carinho do mundo. Sem dúvida posso dizer, apesar de talvez um pouco de dores, Pelé morreu tranquilo e feliz. Hoje, agora, deve estar junto de Kika, Preá, Xiquita, Pitschulinha, Nina e Gracioso, brincando e correndo novamente nos campos da Ponte do Arco Iris, onde ansioso esperam pelo nosso reencontro. Adeus meu querido amigo, adeus e até breve! (Siegmar) Essas são as palavras em homenagem ao Pelé, ditas por seu dono, Siegmar e que me atrevi a copiar, pois também amei o Pelé, já que me considero em tanto responsável por sua adoção junto com sua querida Julieta, digo, Karol. Ele participou da minha vida também, pois passeávamos juntos todos os dias e depois lanchávamos juntos. Sentirei muita saudade dele. Adeus amigo Pelé, ou, Romeu, já que foi tão apaixonado pela sua Julieta.