Preá, meu amor.

Preá, meu amor.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AMOR DA MINHA VIDA


História do Preá

O Preá era filho da Xuxa, uma cadelinha cinza, "vira-lata", mestiça com "poodle". Foi concebido no depósito de cães, da Prefeitura, isto porque Xuxa estava no cio e foi recolhida pela carrocinha. Quando seus donos foram buscá-la ela estava transando. Esperaram e levaram-na para casa. Dois meses depois, dia 06 de abril de (1991 ou 1992) nasceram 5 filhotes. Quatro pretos e um champanhe, o Preá.Os outros quatro foram doados e o Preá ficou. Quando o rapaz, dono dele saía para a rua, lá iam eles atrás, ou seja, Xuxa e Preá. Eram os maiores andarilhos que existiam no Cajuru. Todos os conheciam. Meu filho Rodrigo andava junto com eles, pois nessa época deveria ter 15 ou 16 anos. Um dia a Xuxa foi atropelada e morreu. E o Preá continuou com seus passeios. Tinha uma cadeira só para ele num bar, onde ele ia com seu dono e amigos, à noite.Algum tempo depois o Preá começou a seguir meu filho e estacionou no portão da minha casa. Passava o dia e a noite ali. Eu não queria pegar mais cachorros, pois tinha um casal de vira-latas, a Petúnia e o Dulito.
Eu o colocava no carro e o levava para sua casa. Não adiantava. Meia hora depois lá estava o Preá na frente da minha casa.Uma noite ele chegou e estava tonto. Pensei que havia sido atropelado, mas uma vizinha que passava me disse que ele estava drogado. Claro que eu não queria acreditar, mas ela me disse que os moleques fumavam droga e sopravam na boca dele. Fiquei com pena e resolvi deixá-lo entrar. Isto foi em dezembro de 1993. Meu marido já havia falecido. A partir daí ele passou a fazer parte da minha família: meus dois filhos, eu, Petúnia e Dulito. Desde então, foram 15 anos de momentos maravilhosos que ele me proporcionou. Muito amor, lealdade, amizade. Ele era muito moleque, aprontou muitas. Um dia eu conto, porque se for escrever agora precisaria de um livro para contar tudo. De momento quero dizer que foi um dos amores da minha vida. Faleceu dia 06 de agosto de 2008, às 19,30 na Clínica Veterinária São Francisco de Assis, assistido pelo Dr. Paulo de Miranda e sua filha Dra. Mariane. Estava doente há quinze dias, mas dada sua idade avançada não foi possível salvá-lo, apesar de ter sido feito tudo que possível. Ele deixou uma saudade muito grande que me acompanha até hoje, 1 ano e 8 meses depois. Ele continua presente em meu coração. O local onde repousa seu corpinho sempre tem flores que eu mesma faço questão de plantar. Eu o amo muito. Para ele dedico a música "Além do Horizonte" de Roberto Carlos. A emoção me impede de continuar.
Teresa Ibañez.

Um comentário:

  1. Eu conheci o Preá durante anos,era realmente muito especial, conhecia sua história, mas foi
    bom poder reler a mesma.
    Sempre digo para mim que estas pequenas criaturas são como nuvens passageiras, elas vem e quando menos se espera estão indo embora, deixando um vazio,mas este vazio nada mais é, do que a única coisa que levam junto e lhes importa, ou seja, o amor e carinho que receberam de seus donos.

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