Preá, meu amor.

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Petúnia


Esta é a Petúnia. O Rodrigo encontrou-a dentro de uma barraquinha de pipoca que ficava à noite, vazia, perto do Centro Social. Ela estava chorando. Ele tirou-a de lá e veio com ela para casa. A pobrezinha tinha mais de 30 bichos de pé em cada pata. Todas as manhãs meu marido sentava na soleira da porta, pegava-a no colo e tirava alguns bichos de pé, lavava a pata dela com creolina e continuava no dia seguinte, pois se fosse tirar todos no mesmo dia ela não aguentaria. Ela ficou muito bonita. A Vaquinha, outra cadela que tínhamos na época, adotou-a como filha e ensinou-lhe a não fazer suas necessidades dentro de casa. Eram muito amigas, mas algumas vezes brigavam. Nós a adotamos em 82. Teria uns 3 meses, creio. Quando a Vaquinha morreu, em 86 ela ficou muito triste. Meu marido, então, começou a sair com ela todas as tardes e ela superou a perda. Quando meu marido morreu, em 93 ela ficou muito triste, mas consegui fazer com reagisse. Em 94 ela foi vitimada por um câncer de pulmão, exatamente como meu marido. Morreu dia 25 de junho de 94, com 12 anos. Deixou muita saudade. Fiz esta poesia para ela:
PETÚNIA
Ela era linda!
Ela era meiga!
A alegria estava sempre a seu lado.
Seus olhos brilhavam como diamantes.
Preenchiam todos os momentos da minha vida,
Porém a felicidade não é eterna.
Seus olhos entristeceram.
A alegria acabou.
Ela se foi
Deixando em mim
Uma imensa dor.
Teresa Ibañez.

Um comentário:

  1. Um lindo poema para uma linda menina.
    Como é gratificante ler estas pequenas
    histórias.
    Petunia deve ter sido muito feliz, podemos
    ver esta felicidade na foto.
    Sieg.

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