Preá, meu amor.

Preá, meu amor.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Luar do sertão.


Esta música me traz recordações da minha infância, quando ia à casa da nonna Clementina. Ela morava com a tia Eloyna, o tio Berto e o meu primo Moacir que era 9 meses mais velho que eu. A casa era em Pinhais, bem peto da estação ferroviária. Naquele tempo Pinhais se resumia em meia dúzia de casas e a olaria onde meu tio trbalhava. Tinha também a escola onde a nonna lecionava, mas era uma escola pequena. Meu primo e eu brincávamos muito no quintal. Nossa fantasia nos transportava a mundos incríveis. Algumas vezes aprontávamos alguma arte que não agradava à nonna e ficávamos de castigo. O castigo era fazer lição. Um de cada lado da mesa. Depois de algum tempo nos olhávamos e começávamos a rir, aí o castigo dobrava. À noite vinha o tio Lourival, que morava perto e começava a contar histórias de terror. Nós ficávamos com um medo enorme... mas o tio tinha que ir para casa e também tinha medo, então a nonna pegava o lampião, sim, porque não havia luz elétrica e nós íamos até à frente da casa e ficávamos lá até ele chegar na casa dele. Foi um tempo muito bom.Tem uma coisa que não esqueço, à noite a janta era sopa de feijão com muitos legumes, verduras e macarrão feito em casa. Ah, que saudade! Saudade também do café com leite tirado da vaca que a minha tia tinha. Leite fresco. Manteiga feita em casa.
Tudo muito gostoso. Hoje não tem mais isso. Mas eu tenho as lembranças!

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