Preá, meu amor.

Preá, meu amor.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

5 anos e 4 meses sem o Preá.


Hoje faz 5 anos e 4 meses que o Preá foi para o Portal do Paraíso. A saudade continua, mas também tenho boas lembranças dele. Por isso ele mesmo vai continuar sua história, iniciada há três meses. Já contou 3 capítulos e hoje ele vai contar o 4º capítulo:
     "Estamos em dezembro de 1993 e agora estou morando onde queria. Comida boa, atenção, carinho... Tudo bem, eu não posso entrar em casa porque o Leonel, o outro filho da Tere, disse que se eu entrar ele sai. Não entendi porque, já que sou tão simpático. Então, a Tere arrumou uma cama para mim no degrau da escada, mais parece um barco, mas eu gosto.
     À tarde saímos para passear,  a Petúnia, o Dulito,(que são os cães que têm o direito de entrar em casa) eu e a Tere, algumas vezes a Mara também vai.
     Na rua me reencontro com meus velhos amigos, alguns cães como eu, outros humanos e alguns desses são aqueles que me davam droga. Hoje, graças à Tere, estou livre desse vício, mas eu não viro a cara para ninguém, afinal, sou o cão mais popular do bairro, de norte a sul e de leste a oeste. Tudo bem que, quando implico com a cara de alguém eu dou um corridão. A Tere fica bem louca. Adoro correr atrás de gatos e fazê-los entrarem debaixo de carros estacionados. Também corro atrás de alguns cães para não se folgarem muito.
     À noite saio com o Ro e mesmo que ele não queira, não adianta porque eu pulo  a grade e vou para a boemia, com ele, para me divertir também.
     Algumas noites em que eu não saio a Tere me deixa entrar na sala porque o Leonel chega tarde. Quando ela ouve o som do carro dele me coloca para fora e  eu que não sou bobo nem nada, saio rapidinho.
     Ah! Mas houve uma noite, abençoada noite, em que a Tere não ouviu o Leonel chegando e quando quis me colocar para fora não deu tempo. Ele disse: - Pode deixar esse caminhão de pulgas aí dentro, ou pensa que eu não sei que você recolhe ele toda noite?
     A partir daquela noite eu podia entrar e dormir dentro de casa. Só tinha que respeitar a Petúnia porque ela não me dava folga não. O único que ela deixava fazer o que queria era o Duli.
     E assim, fui vivendo feliz com minha nova família.
     Até o mês que vem com o 5º capítulo."

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