Preá, meu amor.

Preá, meu amor.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

5 anos e 5 meses sem o Preá.



Hoje faz 5 anos e 5 meses que o Preá morreu. Deixou saudade. Estou publicando todo mês uma parte da biografia dele. Então agora ele mesmo contará mais uma parte.

Começamos 1994 e em janeiro a Petúnia, que era o xodó da Tere, começou a tossir muito. A Tere ficou com medo de câncer de pulmão porque o Quincas havia morrido no ano anterior assim. O Leonel disse que ela estava paranóica, mas ela estava certa. Foi feita radiografia e confirmado que ela tinha câncer de pulmão e que já havia se espalhado para outros órgãos. A Petuninha morreu em 25 de junho daquele ano. A Tere ficou tão triste que foi para a Espanha. A Mara, que ajuda a Tere, ficou conosco em casa. O Dulito sentiu muito, pois perdeu sua companheira e achou que tinha perdido sua dona também. Já não estava mais querendo comer. Eu também fiquei chateado porque pensei: "droga, agora que achei uma casa legal, a dona foi embora."
Mas, que bom, quinze dias depois a Tere estava de volta. Chegou em casa às 23:30. O Dulito e eu vibramos de alegria. Ele logo foi comer. Até a Fredinha, uma cadela que morava perto e era namorada minha, veio recebê-la. Gritava como louca. Nós gritávamos também. Aquela noite foi um escândalo. Acordamos todos os vizinhos.
Com a morte da Petúnia, as coisas mudaram, pois eu, que não podia fazer o que queria, assumi a liderança. Agora eu subia nas poltronas e me sentia rei. Nossos passeios vespertinos continuaram e muitas coisas aconteciam.
Quando eu implicava com a cara de alguém, dava um corridão e o Dulito me acompanhava. A Tere ficava danada, mas nunca nos bateu. Muitas vezes a Mara ia junto. Uma tarde estávamos na pracinha e eu vi um gato. Me desculpem os amantes de felinos, mas não tinha coisa melhor para mim do que espantar um gato, e lá fui eu, como uma flecha. Claro que o Duli foi me ajudar. Encurralamos o felino debaixo de um fusca que estava estacionado e tentávamos pegá-lo. Latíamos e corríamos em volta do fusca. A Mara tentava nos pegar, mas não era tarefa fácil. Algumas pessoas olhavam, mas nada faziam. Estava muito engraçado aquilo.Até que a Mara conseguiu pegar o Duli e levou para a Tere. Voltou para me pegar, mas ainda demorou. Teve que entrar debaixo do fusca, mas conseguiu. Um dos que estavam assistindo comentou: "ess despenteado é fogo". Depois desse episódio, alguns passaram a me chamar de despenteado. Bom, meus cabelos eram revoltos mesmo!
Até o próximo capítulo.

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